Riscos Psicossociais
2. Factores de Risco de Origem Psicossocial
De acordo com o referido até agora, quando ocorre um desequilíbrio entre as interacções de, por um lado, o trabalho, o seu ambiente, a satisfação no trabalho e as condições da sua organização e, por outro lado, a capacidade do trabalhador, as suas necessidades, a sua cultura e a situação pessoal fora do trabalho, aparece o risco de origem psicossocial.
São muitos os factores psicossociais de risco e, apesar de todos eles estarem relacionados entre si, podemos realizar a seguinte classificação:
- Factores ligados à tarefa: oportunidade para desenvolver as habilidades próprias, monotonia, repetitividade, grau de autonomia, controlo sobre as pausas e sobre o ritmo de trabalho, pressão de tempos (relação entre o volume de trabalho e o tempo disponível), interrupções nas tarefas, trabalho emocional (atendimento a utilizadores, público e clientes), trabalho cognitivo (que exige grande esforço intelectual), trabalho sensorial (que exige esforço dos sentidos), etc.
- Factores ligados à organização do tempo de trabalho: duração e distribuição dos tempos no horário de trabalho, trabalho nocturno e por turnos, pausas formais e informais, etc.
- Factores ligados à estrutura da organização: apoio social de colegas e superiores hierárquicos, quantidade e qualidade das relações sociais no trabalho, sistemas de participação, práticas de formação e informação, controlo do status (estabilidade profissional, mudanças, perspectivas de promoção, tarefas de acordo com a qualificação), estima (respeito e reconhecimento), apoio adequado, trato justo, salário, etc.
- Outros factores psicossociais: características da empresa e do posto de trabalho, etc.
A seguir, descreve-se em que consiste cada um desses factores.