Existem métodos de análise das condições de trabalho que permitem avaliar a incidência dos factores psicossociais e proporcionam informação sobre as medidas a adoptar para eliminar ou, pelo menos, reduzir os seus efeitos nocivos na saúde dos trabalhadores, contribuindo para melhorar a qualidade de vida profissional nas empresas. Dos métodos de avaliação dos factores psicossociais, cabe destacar os métodos LEST, Renault, Anact, FSICO do INSHT, Istas21, etc.
Após obter o diagnóstico da situação, deve-se programar as acções necessárias para eliminar ou reduzir os riscos detectados, acções que podem ser agrupadas em três grandes blocos: relacionadas com o estilo de direcção, com a organização do trabalho e com o trabalhador.
A Direcção da empresa deve estar envolvida em todas e cada uma das actividades relacionadas com a prevenção de riscos profissionais, integrando a política e os objectivos de prevenção juntamente com a política e objectivos gerais da empresa e desenvolvendo, a partir dos mesmos, os planos e programas de prevenção, os quais deverá aprovar e promover.
No tema que nos ocupa, os riscos psicossociais, os esforços devem ser direccionados no sentido de conseguir boas relações humanas e um bom clima social na empresa. Para tal, a Direcção pode actuar no âmbito dos sistemas de comunicação da empresa, de participação dos trabalhadores e do estilo de liderança.
A comunicação, no mundo do trabalho, além de ser uma necessidade humana, é uma ferramenta imprescindível que todos os membros da empresa devem poder levar a cabo nas suas tarefas. O desenvolvimento de um sistema de comunicação eficiente permite que a informação chegue a todo o pessoal, tanto no sentido ascendente como descendente e horizontal, através dos canais existentes na Organização (formais e informais).
Em matéria de prevenção de riscos profissionais, uma comunicação deficiente pode ocasionar múltiplos problemas, desde insatisfação por más relações com superiores hierárquicos ou com colegas, até acidentes de trabalho.
A comunicação falada ou interpessoal (reuniões, grupos de trabalho, visitas de empresa, actividades formativas, entrevistas, conferências, etc.) é muito importante, já que influi no ambiente da Organização, fomentando a participação dos trabalhadores e o "feedback".
A comunicação escrita (actas de reuniões, relatórios, boletins informativos, revista da empresa, sondagens de opinião, caixa de sugestões, etc.), desde que a mensagem esteja bem concebida, evita o risco de distorção da informação e oferece ao receptor um suporte material que lhe permite lembrar-se da mensagem.
Como desvantagem cabe apontar que o seu custo é maior, e que precisa de um tempo de elaboração para evitar que a mensagem fique sujeita a interpretações.
Dependendo da fonte do problema, pode-se actuar nas diferentes funções de liderança: